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Avanços para compromissos ambientais no G20

Entre os principais destaques está a inserção da bioeconomia nas discussões do grupo, de forma inédita na agenda internacional.

BIOECONOMIA Mulher indígena trabalhando em produção de açaí © Priscila Tapajowara

A publicação da Declaração Final do G20 nesta madrugada trouxe importantes avanços na agenda de conservação e destacou o papel da presidência do Brasil ao longo de 2024 em ajudar a consolidar o G20 como um importante fórum para questões centrais das agendas social, de clima e de biodiversidade.

Entre os principais destaques estão o Lançamento da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), e a aprovação dos dez Princípios de Alto Nível sobre bioeconomia, inserindo o tema de forma inédita na agenda internacional. A The Nature Conservancy (TNC) Brasil fez parte de um grupo de apoio ao GIB que teve como objetivo fornecer informações técnicas para embasar o reconhecimento do papel central da bioeconomia na transição equitativa e sustentável rumo a uma economia resiliente ao clima e que beneficia a natureza e as pessoas. Entre as ações desenvolvidas por este grupo está o estudo da NatureFinance e do Fórum Mundial de Bioeconomia, Financiando uma Bioeconomia Global Sustentável,  que estimou o valor total da bioeconomia, calculado a partir de divulgações de várias partes do mundo, de US$ 4 a 5 trilhões, com um crescimento considerável previsto, podendo chegar a US$ 30 trilhões até 2050, o que representa um terço do valor da economia global.

A TNC Brasil faz parte ainda do consórcio de apoio técnico liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), incluindo Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e Instituto Arapyaú, e apoiado financeiramente pelo UKPact, para a construção do Plano Nacional de Sociobioeconomia está sendo conduzida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Em outra frente, assim como o Brasil desempenhou um papel fundamental na criação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), em 2003, a presidência brasileira no G20 também influenciou no reconhecimento, no documento aprovado multilateralmente, ao Tropical Forest Forever Facility (TFFF) e sua abordagem inovadora para financiar soluções climáticas baseadas na natureza. O TFFF é um mecanismo financeiro que busca mobilizar recursos de diferentes fontes para a conservação de florestas tropicais a partir de soluções climáticas escaláveis ​​baseadas na natureza. A construção deste mecanismo tem sido pautada no diálogo e cooperação entre governos, organizações internacionais e instituições financeiras para concretizar todo o seu potencial.

Estes são exemplos das soluções inovadoras, ambiciosas e escaláveis, que estamos comprometidos em desenvolver no combate às crises socioeconômica, climática e de perda da biodiversidade.