Ambientalistas não podem ficar em silêncio frente ao racismo
A CEO global Jennifer Morris faz um posicionamento público sobre os recentes atos de racismo e o aumento de protestos ao redor do mundo.
Por Jennifer Morris, CEO Global da The Nature Conservancy
Na The Nature Conservancy (TNC), nos queremos criar um mundo onde pessoas e natureza prosperem juntas. Atos de racismo e violência ameaçam esse objetivo, ferem nossas comunidades e colocam a vida de vulneráveis em risco.
Os eventos acontecidos na última semana são um lembrete do quanto precisamos trabalhar para criar um mundo onde todos possam prosperar. De Minneapolis a Berlim e no meu quintal, em Washington DC, a raiva frente aos atos recentes de racismo e violência, as últimas instâncias de uma injustiça persistente, são manifestadas em inquietação e protestos.
Muitos vão se perguntar por que uma organização de conservação da natureza está entrando nesse diálogo. Isso realmente impacta nossa missão? Minha resposta é: Sim. E sim, devemos nos posicionar. Quando a injustiça reina, seja no acesso desigual a natureza, leis injustas e desiguais, ou brutalidade policial, devemos todos fazer nossa parte lutando por mudanças.
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Como uma pessoa branca e líder de uma organização influente em várias partes do mundo, tenho examinado minhas contribuições para os sistemas que fortalecem desigualdades e questionando como posso usar minha voz de forma mais efetiva para aumentar a segurança para nossos colegas e comunidades. Estou comprometida em criar estratégias duradouras para manter a equidade como uma prioridade nos nossos locais de trabalho, na nossa cultura e nos objetivos de conservação. Para construir mudanças sólidas, também devemos dar voz às comunidades em situação de vulnerabilidade, marginalizadas, e historicamente desatendidas pelos sistemas em nossa sociedade.
“Como o mundo está vivenciando os efeitos de várias gerações de racismo, desigualdade e injustiça, nós reconhecemos que nossa organização não tem estado na linha de frente dessa conversa mas também não podemos nos dar o luxo de permanecer em silêncio”, afirma Cassandra James e Keeya Thomas, Líderes da Liga de Funcionários de Descendência Africana (LEAD, na sigla em inglês). “Nos identificamos com essa dor e trauma e esperamos garantir que isso não seja mais ignorado. Como a organização se esforça para criar uma cultura mais inclusiva, estamos comprometidos para garantir que nossas vozes sejam elevadas de forma autêntica nas discussões estratégicas que levarão a uma mudança sólida e efetiva.”